domingo, 18 de agosto de 2013
terça-feira, 9 de julho de 2013
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Eu e o tempo
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Cabra Macho
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Alto-mar
Misteriosa
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Vingança Natural
sexta-feira, 21 de junho de 2013
sábado, 15 de junho de 2013
Não foi desta vez.
Com
passos claudicantes, dirigiu-se ao guichê. De frente com a atendente, titubeou
por um instante, enquanto sua mão trêmula procurava dentro do bolso da surrada
camisa, o pedaço de papel. Com a voz embargada perguntou ao mesmo tempo em que
entregava o papel à moça:
-
Esse senhor trabalha aqui?
-
O Doutor Wesley é o dono da clínica. O Senhor tem hora marcada?
Repentinamente
o velhinho agarrou-se ao balcão evitando que seu corpo fosse de encontro ao
chão. Apavorada, a atendente o acudiu, o levando para um sofá ao lado do balcão
e com uma prancheta se pôs a abaná-lo.
-
O senhor está só?
Sinalizou
que sim.
Veio
se consultar?
Após
longa hesitação, sinalizou que não.
-
Ah! O Senhor havia perguntado sobre o Doutor Wesley. Só um instante que vou
chamá-lo.
A atendente saiu em disparada pelos corredores
do recinto a procura do doutor. Quando voltou na companhia dele, percebeu que o
velhinho havia deixado a sala de espera. Saiu até a calçada olhou para ambos os
lados e nem sinal do velhinho.
Retornando
à recepção, surpreendeu-se com o Doutor sentado no chão em posição fetal,
chorando copiosamente, enquanto murmurava:
-
Pai, será que o senhor me perdoou? Por que não me esperou? Por quê? Por quê?